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Inédita no mercado e idealizada por uma fabricante que presa a diversidade de produtos do cacau, a CAUCHAÇA veio para expandir horizontes
Se há a expressão “de um limão fazer uma limonada”, podemos dizer que neste caso “de um cacau perdido se fez uma Cauchaça”. Foi em 2015, quando uma grande seca na Bahia atingiu a Fazenda Porto Esperança, em Ilhéus, gerando uma grande perda na produção de frutos de cacau, que Luiza Soalheiro e Marcelo Abrantes idealizaram e iniciaram o projeto e conceito “Mais do Cacau”. Era um momento de “tirar leite de pedra”, e encontrar soluções para agregar valor ao fruto do cacau em produtos diferentes do tradicional chocolate. Começaram com algo mais comum, produzindo amêndoas e nibs de cacau caramelizados, e então a Cauchaça veio para romper paradigmas e horizontes.
Se há suco de cacau, há Cauchaça!
Logo depois das amêndoas caramelizadas com açúcar demerara e os nibs caramelizados com rapadura, avançaram na produção do suco de cacau, batizado popularmente como mell de cacau por ser naturalmente doce. Na sequência se desenvolveu um produto chamado Mellato, que é uma redução do suco integral do cacau, sem adição de açúcares ou conservantes. O Mellato se mostrou de excelente qualidade e logo fez sucesso, como uma opção vegana para substituir o mel de origem animal entre muitas outras.
A “Mais do Cacau” com seu espirito inovador sempre superando seus limites, criou a primeira aguardente de cacau do Brasil, unindo duas tradições bem brasileiras: a excepcional produção cacaueira baiana e a arte mineira de produzir a aguardente de cana mais famosa do mundo.
Do fruto ao produto!
Para se produzir a Cauchaça se faz com muita sutilidade, mas uma verdadeira arte de grandes proporções. A começar do fato de que para se fazer um litro de cauchaça são utilizados nada menos que 900 frutos maduros e perfeitos de cacau, cultivados embaixo das grandes árvores da Mata Atlântica do sul da Bahia. “Hoje em dia estamos com capacidade instalada para produzir aproximadamente 3.000 litros por mês da aguardente de cacau”, conta Marcelo Abrantes, diretor de produção e inovação. Faça as contas por cima e verá a imensidão de frutos colhidos que isso significa.
Depois de colhido, o cacau passa por um processo para retirada das sementes e o suco produzido toma dois destinos: uma parte é comercializada como o mell de cacau e a outra segue para o exótico destino de se tornar cauchaça. Para isso, o mell passa pelos tradicionais processos de fermentação e destilação, como outras bebidas destiladas. Já o armazenamento é feito em tanques de aço inox, onde a bebida descansa até ganhar o sabor peculiar, no caso da Cauchaça original, pois no momento estão sendo produzidas novas safras harmonizadas com diferentes madeiras. O resultado é um exclusivo e raro destilado alcoólico, de limitadíssima produção anual e sabores completamente novos e genuínos.
De beber e de comer
A Cauchaça, além de ser apreciada na forma original e pura, já foi testada e aprovada em coquetelaria, gelados e até preparações da cozinha quente e da nossa amada confeitaria. Como recheio de bombons, ganache e saborização de chocolates, traz um sabor único a receitas doces, enquanto nas salgadas impressiona na flambagem de alimentos, trazendo um aroma e sabor exótico aos pratos.
Veja aqui uma receita exclusiva de coquetel e outra de camarão flambado com cauchaça.
O futuro é da (bio)diversidade e sustentabilidade
O mercado do cacau está crescendo, é fato, vai crescer muito mais devido ao aumento de estudos e conhecimentos de possibilidades do fruto, bem como à quantidade de benefícios que o cacau e seus derivados trazem para saúde humana. Um exemplo são os flavonoides, composto fenólico encontrado no cacau (e outras plantas) e que são antioxidantes e atuam contra alergias, inflamações, úlceras, virose e até tumores. E tudo isso tem seu valor agregado quando se tem uma produção variada e de relação harmônica e sustentável com a região.
Como é o caso da Mais do Cacau que, com sua nova filosofia de produção da lavoura cacaueira, motivada pela diversidade de usos possíveis a partir da excepcional constituição desse fruto, está no caminho certo da expansão do mercado, que clama por produtos diferenciados e inovadores. O mais recente lançamento foi o Icecau, que são saquinhos de 50 ml de mell de cacau, prontos para serem utilizados em drinks e coquetéis. “Já no lançamento houve uma aceitação gigante do produto nos setores de bares e restaurantes, pois tem mais versatilidade de uso, menor de consumo de embalagens e muita facilidade na sua utilização”, afirma José Eduardo Amorim, diretor comercial. E tem mais por vir: “Já para janeiro estaremos com uma linha voltada aos condimentos para a culinária, além de outras surpresas ao longo de 2020”.
Nós, como confeiteiros e chocolateiros profissionais, só podemos comemorar a chegada de produtos tão diversos e que enchem nossos olhos e receitas com possibilidades. Vida longa – e diversificada – ao cacau!!